Uma vez que entendemos que a energia deve fazer um ciclo entre recuperar-se (pensar e descansar) e aplicar-se (escalando e tomando ação), precisamos saber como melhorar o fluxo entre as duas fases. Um dos maiores impedimentos deste fluxo é uma ênfase no pensamento. As pessoas pensam demais. Elas usam sua atenção para pensar em demasia sobre a informação intelectual e ficam presas no pólo de recuperação de energia do ciclo. Quando estamos presos em um pólo, estamos sem equilibrio e a energia não flui bem.
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Alfred Korzybski escreveu um livro chamado Ciência e Sanidade na década de 1930 sobre semântica geral. Ele entra em detalhes sobre o efeito que as palavras têm na nossa realidade. Um de seus principios é: a palavra não é a coisa. As palavras não são a realidade, apenas apontam em direção dela. Isto é importante porque tendemos a nos identificar com nosso processo de pensamento, o qual consiste de palavras dentro de uma linguagem que aprendemos. As palavras são apenas sons que fazemos com nossas cordas vocais os quais associamos com signficados específicos. Dizer “Obrigado” faz sentido para alguém que fala inglês; dizer “merci” não faz sentido a alguém que não fala francês. A intelectualização nos separa da realidade.
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Precisamos nos lembrar que nós sabemos de algo quando o experenciamos, não quando apenas pensamos sobre algo. Não sabemos escalar até realmente escalar. A sabedoria intelectual deve ser convertida em sabedoria de experiência. Portanto, devemos diminuir a quantidade de pensamento e vê-lo como simplesmente um ponto inicial para o aprendizado.
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Para nos separarmos do pensamento devemos desenvolver nossa habilidade de testemunhá-lo. Pensar é algo que o cérebro faz por nós, e ele quer pensar continuamente. A maioria deste pensamento é habitual e não intencional. O pensamento usa as experiencias passadas para interpretar possibilidades futuras. Pensamos no momento presente, mas esse pensamento é sobre o passado ou sobre o futuro. Não podemos pensar sobre o momento presente. O momento presente requer observação, e não pensamento.
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Não há nada de errado em pensar, mas esse ato precisa ser intencional. Não precisamos pensar continuamente. Precisamos escolher quanto temos a intenção de pensar. Ao testemunhar quando estamos pensando habitualmente, podemos redirecionar nossa atenção para o corpo e nossos sentidos. Ao diminuir o pensamento nós empenhamos nossa atenção mais completamente na experiencia. O corpo e nossos sentidos ativam nossa atenção no momento presente com o que esta acontecendo de fato. Fazer isso permite que o momento presente seja observado e traz equilíbrio aos ciclos de recuperar e aplicar a energia.
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